A poesia é um rio que corre em mim, sempre em busca de suas nascentes.

Atado!


O que será do amor próprio
quando ele descobrir que não existe?
Por que continuar na estrada
sem perspectivas de uma carona 
ou sem saber, se há um ponto de ônibus próximo?
Quanto tempo mais, vou enxergar
em minha repleta escuridão?
Entrego-me ao que puder
Descubro-me ao me entregar
Com mãos e pés atados
fica difícil caminhar.