A poesia é um rio que corre em mim, sempre em busca de suas nascentes.

Ainda assim...

Sugue-me, devore-me, estupre-me
Converta-me em esquálida carcaça
Apodreça as maçãs de minha face
Trace meu rastro gotejante
Empalado pelas agulhas
Que abriram as minhas suturas
Mas me olhe...eu resisti
E ainda assim, restam no que restou de mim:
Um reflexo nas janelas do desespero
E uma mariposa "borboletada" em meus lábios.