A poesia é um rio que corre em mim, sempre em busca de suas nascentes.

Pretinho básico sobre o arco-íris das necessidades

Dentro de si



Fé em Deus.
Fé no Diabo.
Fé no passado.
Fé no futuro.
Fé em alguém.
Fé em ninguém.
Fé na vida.
Fé na morte.
Fé no destino.
Fé em si.
Todo homem mantém dentro de si:
um terreiro, um culto, uma liturgia
 de suas próprias crenças.

PirLimPimPim - o poema da busca pela felicidade





Não importa aonde ele esteja.
Não importa até onde se vá.
Não fazendo mal a ninguém.
Um arco-íris vai te aguardar.
Na infância eu o persegui, 
mas não puder alcançar.
Na adolescência o esqueci, 
tinha outras coisas para me preocupar.
Na juventude o confrontei
e quase enlouqueço de pensar.
Hoje continuas muito longe, 
mas ainda pode me guiar.
Minha vida só vai ter sentido
no dia em que te encontrar.
PirLimPimPim...

O encontro...


Eu encontrei o amor e foi como quebrar os dentes.
O amor foi como um acidente.
Foi cortante e de repente, o amor foi como um acidente.
E olha o que restou, olha o que restou, olha o que restou!

Do amor...

Eu desviei do amor, eu desviei do amor, 
mas um poste, logo em frente, me pegou.
O amor foi como um acidente, 
o amor foi cruel e inconsequente.
O amor foi como um acidente
e ninguém se salvou... do amor!
Não houve sobreviventes!
Encontrar o amor, foi bater de frente.
Como quebrar os dentes, aço acidente.
E olha a desgraça que sobrou.... do amor!

*Tom Bloch, adaptado por InFeto.

Tô cansado!

Tô cansado de cansar.
Tô cansado de partidas.
Tô cansado de contrapartidas.
Tô cansado de regras.
Tô cansado de contrarregras.
Tô cansado de falsidade.
Tô cansado de ter idade.
Tô cansado de seres humanos.
Tô cansado de ser humano.
Tô cansado de correr.
Tô cansado de andar.
Tô cansado de ficar parado e não caminhar.
Tô cansado de correr e não sair do lugar.
Tô cansado de desistir.
Tô cansado de insistir.
Tô cansado de existir.
Tô cansado de morrer.
Tô cansado de minha insistência em renascer.
Tô cansado! Tô cansado!

Atado!


O que será do amor próprio
quando ele descobrir que não existe?
Por que continuar na estrada
sem perspectivas de uma carona 
ou sem saber, se há um ponto de ônibus próximo?
Quanto tempo mais, vou enxergar
em minha repleta escuridão?
Entrego-me ao que puder
Descubro-me ao me entregar
Com mãos e pés atados
fica difícil caminhar.